Todos nós temos medo de coisas e de situações novas!

Como professora universitária, vejo a dificuldade dos alunos frente às apresentações em sala de aula ou diante de uma possível entrevista de emprego.  Todos  sentem receio de serem ineficientes  e com muito  medo da análise crítica das pessoas.

Shirzad Chamine (2015), autor de Inteligência Positiva, refere que nosso maior sabotador é o crítico, pois ele te leva a  perceber defeitos em si mesmo e nas outras pessoas, o que gera muita ansiedade, receio, vergonha e culpa. Além disso, o crítico tem uma predisposição de exagerar e supor sempre o pior.  Como somos seres que não gostamos de ser criticados, somente o fato de imaginarmos essa situação, acaba restringindo ou minimizando nossas iniciativas “fora da caixa”.

Nossa criatividade morre com a crítica dos outros, mas principalmente sobre o que pensamos à nosso respeito.  Somos nosso principal carrasco frente às  novas ideias!

Para que elas floresçam, precisamos vencer  o medo de ser diferente, o medo da crítica feita por nós mesmos e pelos outros.

Criar é  pensar sobre formas  diferentes,  perceber  conexões onde outros não a percebem,  “pagar mico”,  não se preocupar, experimentar e errar.

Gosto da ideia de ver conexões, onde outro não a percebeu, mas tenho muitas vezes, medo de ser comparada e ridicularizada com as outras pessoas.

Precisamos ultrapassar o medo e seguir em frente, deixar o crítico de lado e tocar em frente as demandas de nosso dia.

Estou aqui escrevendo esse texto, tendo uma batalha interna com meu crítico para não publicar isso, em nenhum lugar. O meu crítico me diz: “Para que publicar isso? Ninguém vai ler e assim tu não te compromete.” “Guarda para ti tuas ideias e não corre riscos, e por isso que sou assim contigo! Te cuido.”

Não quero ser arrebatada por essas palavras e para tanto preciso fazer meu enfrentamento.

Tenho usado algumas ideias:

  1. Listando os medos e fazendo uma análise “racional” das possibilidades delas realmente acontecerem. Por exemplo: será que as pessoas vão mesmo rir de mim? E se rirem, qual o problema? Todo mundo faz besteira, né….
  2. Pensando no pior que pode acontecer, pois o medo se desfaz quando o enfrentamos, ele diminui, reduz e desaparece.
  3. Lembrando que somente as pessoas que fizeram grandes inovações, erraram, tentaram, se frustraram. Então vai e tenta, para ver o que acontece.

Talvez, o que perdemos quando não nos expomos, é muito maior do que esses medos e criticas.  Quantas vontades  deixamos de lado para não ter enfrentar nossos monstros pessoais.?

Não quero mais ser refém disso… o que posso perder  se não tentar? E se não tentar? Qual  será a maior perda? Fazer ou não fazer?

Vou fazer !

 

( Esse texto foi escrito há um ano. A pandemia me  fez repensar, rever coisas paradas e fazer enfrentamento do meu crítico ).

Monique Callegari

#criatividade #medo#enfrentamento #correr riscos